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Entrevista com Luiz Junior

No dia 17/08, como sabem, será a SevenCon! Durante o evento, teremos um bate-papo com alguns autores convidados. Para conhecê-los melhor, uma série de perguntas foram feitas a todos eles!

Venham conhecer Luiz Junior, nosso convidado de honra!


P: Como você se mantém inspirado? Você tem algum autor ou autores quem você sempre lê?

R: Leio muito Dan Brown, Stephen King e Neil Gaiman. Deixo os instintos sempre atentos, pois a qualquer momento alguém pode dizer uma palavra ou contar uma história que passa a ser um bom tema para escrever.


P: Como costuma ser o seu local de escrita? Além do óbvio, há algo de diferente ou incomum em sua mesa de trabalho?

R: Sobre meu notebook sempre tem um gato. Também uso as paredes para grudar post-its, Canvas e afins.


P: Você prefere silêncio ou algum tipo particular de música quando escreve?

R: Nunca consigo me concentrar exclusivamente em uma única coisa, portanto não é difícil eu escrever vendo uma série ou um filme. Música é um pouco mais difícil, pois praticamente não ouço em casa.


P: Como você se organiza para um dia produtivo?

R: Não me organizo. Escrevo até a mão doer. Ou não.


P: Você mantém uma programação de escrita rigorosa?

R: Não. No máximo concluir um capítulo toda vez que sento para escrever. Fora isso, posso escrever loucamente por semanas a fio, e passar 3 ou 4 meses sem escrever uma única linha.


P: Quanto/as tempo/palavras você precisa escrever até achar que concebeu algo?

R: Normalmente, quando sento para escrever já tenho o primeiro capítulo inteiro na cabeça. A história está sempre pronta antes de começar a escrever. Não me lembro de ter que reescrever uma história ou descartar. Nem mesmo de mudar a ordem dos capítulos. Sento, escrevo e finalizo. Sempre assim.


P: Algum autor influenciou você mais do que outros?

R: Minhas principais influências são revistas em quadrinhos – principalmente da Disney da Era de Ouro (Carl Barks e Don Rosa).


P: Quem são seus escritores favoritos?

R: Machado de Assis, Neil Gaiman, Stephen King, Dan Brown e Agatha Christie.


P: O que motiva você como escritor?

R: A necessidade de contar histórias.


P: Você costuma ler tudo antes e só então escreve, de uma vez?

R: Escrevo tudo e só depois leio para acertar uma ou outra ponta. Só leio o que já escrevi quando fico um bom tempo sem escrever e tenho que retomar a história.


P: Você vai escrevendo na medida em que lê ou espera acumular fichamentos e notas?

R: Faço algumas notas quanto ao tema e ao personagem principal e as linhas gerais. Divido a história em 3 atos e determino o que vai acontecer em cada ato. Determino a quantidade de capítulos e as linhas gerais do capítulo. Depois começo a escrever, e tudo pode mudar. Ou não.


P: Que conselhos você daria a um jovem escritor?

R: Ler muito e tentar sair dos estereótipos. Compreender os arquétipos universais e o comportamento humano.


P: Como você desenvolveu suas habilidades de escrita?

R: Escrevendo. Mas também fiz dois cursos de roteiro de cinema, para poder compreender a contação de histórias.


P: Qual dos seus textos deu mais trabalho para escrever?

R: O horóscopo mensal que envio para jornais.


P: O que você faz para recarregar as baterias? Qual a sua maneira favorita de passar um dia de folga?

R: Vejo cinema e teatro, mas também gosto de esportes de natureza, como rapel, mergulho e escalada.


P: Quais foram alguns dos seus desafios mais difíceis na vida de autor?

R: Foi compreender que o mercado para o escritor é disputado, fechado, em crise, e que o escritor tem que tirar a bunda da cadeira e se mexer se quiser ser conhecido, mesmo em um circuito restrito.


P: Você tem algum ritual incomum associado ao seu processo de escrita?

R: Não, nenhum.


P: Você costuma escrever em conjunto com outros autores? Como isso funciona para você?

R: Não costumo. Tenho um ritmo muito próprio e não gosto de me adequar ao ritmo de outras pessoas, principalmente mais lentos.


P: Quem são as primeiras pessoas a ler seus escritos antes de enviá-los para publicação?

R: Minha companheira, e sempre distribuo para um ou dois antes de ter confiança e publicar.


P: Você mantém um leitor ideal em mente quando escreve?

R: Mulheres entre 29 e 35 anos, de classe social média alta para alta.


P: Como você escolhe os temas para suas histórias?

R: Depois de escrever meu primeiro, passei a escrever outras temáticas para poder entender meu estilo. Hoje defini o terror/horror e a fantasia como linhas de trabalho. Normalmente, uma conversa, uma aula ou qualquer coisa me desperta uma possível história. Escrevo o capítulo 1 e arquivo. Com isso, atualmente tenho 15 histórias prontas para começar neste exato momento. Usarei um fato real para exemplificar o tema: certa vez estava conversando com uma amiga sobre doenças estranhas. Falei sobre a Doença da Mão Fantasma. No mesmo momento, surgiu um tema para uma história: Uma jovem profissional arrogante é obrigada a aceitar ajuda ao descobrir que tem essa doença. Ela é apaixonada pelo professor de inglês, e vai ter que superar seu problema pessoal para conquistar o amor dele, deixando o orgulho de lado. Este livro já está com 1/3 pronto.


P: Como você desenvolveu um estilo pessoal?

R: Testando. Adaptando. Estudando. Quando escrevi Eterno!, queria testar toda a técnica de roteiro de cinema aplicada à literatura. Este foi o primeiro livro que escrevi tendo o controle de cada linha até o final. Assim, consegui escrever um texto moderno, rápido e honesto, que entrega aquilo que ele promete a cada linha.


P: O que você faz quando se sente travado?

R: Paro de escrever até ter vontade de novo.


P: Você prefere ter vários projetos acontecendo ao mesmo tempo?

R: Sempre. Além de um emprego, ainda trabalho com Terapias Holísticas e Astrologia, dou aulas e faço pós-graduação. Além disso, estou fazendo parcerias para elaborar coletâneas para outras editoras. Com isso, tive que reduzir o que estou escrevendo. Assim, hoje, estou escrevendo 3 livros simultaneamente – Fragueiro da Esperança, A Espada e a Bainha e...


Sim, eu apaguei o último livro no qual ele está trabalhando, afinal, é o projeto do Sétimo Universo que será anunciado na SevenCon, então, não deixem de ir ao evento!

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