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Resenha - The Twisted Ones, de Kira Breed-Wrisley e Scott Cawthon

Olá leitores, tudo certo?

Para quem não conhece, Five Nights at Freddy’s, ou FNAF, nasceu como uma franquia de jogos criada por Scott Cawthon, um desenvolvedor independente estado-unidense. Seu primeiro jogo, lançado em 2014, vendeu milhões de cópias e, até hoje, é um dos gameplays mais visto nos YouTube – eu mesmo, já vi várias pessoas jogando, apesar de eu mesmo nunca ter jogado.


Sem contar que o lore, a histórias desses games não são facilmente encontradas, muito menos entendidas. Pequenas porções da história são contadas através de papeis que aparecem colados nas paredes do gameplay, e nem sempre são os mesmos; às vezes, nem aparece. Isso quando você não precisa apetar azulejos aleatórios em uma parede para achar um mini-game. De qualquer forma, a maioria dessas porções já foram descobertas por gamers muito melhores que eu e você pode encontrar facilmente na internet.


Para “descomplicar” ou “preencher buracos” do lore dos jogos foi que os livros foram escritos. O primeiro livro da trilogia é The Silver Eyes (Olhos Prateados), que eu li já faz um tempo, então não tenho uma opinião fresca sobre ele, o que não é o caso do segundo. Por ser uma continuação, é impossível resenhar sem falar alguns spoilers do primeiro livro, então, vocês foram avisados.

Hoje, nós realizaremos a resenha de The Twisted Ones, de Kira Breed-Wrisley e Scott Cawthon.

Um ano após os eventos de Olhos Prateados, reencontramos Charlie, agora uma novata na universidade de robóticas – um caminho que se parece muito com o de seu falecido pai, Henry, criador dos animatronicos que mataram algumas pessoas e quase tiraram a vida de Charlie no livro anterior. Este caminho a preocupa, afinal, Henry tirou sua própria vida nele. Esta é uma das maiores preocupações de Charlie e, sinceramente, um dos pontos mais fracos do livro.


Não demora muito para que Charlie se envolva em um assassinato. Um corpo é encontrado com perfurações e dilacerações feitas por uma fantasia springlock – no universo de FANF, existem dois tipos de animatronicos: os normais, com esqueletos que os sustentam, e os springlocks, que podem ser também fantasias; estes, no caso, têm travas que seguram o esqueleto enquanto há uma pessoa usando como fantasia. No caso do cadáver, ele foi morto quando as travas soltaram o esqueleto com ele dentro. Devido a conexão de Charlie com animatronicos, ela é chamada para o caso.

Aqui um dos maiores problemas para mim do livro acontece. Charlie não apenas vai até a cena do crime, mexe no corpo sem luvas, se suja de sangue, tempera com evidência e, tudo isso, com permissão da polícia. E isto acontece durante todo o livro. É preciso uma grande suspensão de descrença para acreditar nas coisas que Charlie faz – como encontrar outro corpo em um restaurante e não chamar a polícia ou ficar sozinha em uma floresta com robôs assassinos caçando-a.


O livro também tem alguns furos que realmente me deixaram de cabeça coçando. Supostamente, os animatronicos estão especificamente procurando Charlie – e apesar de deduzirem isso de uma maneira bem esperta (vendo o caminho que eles fizeram até então, e calculando que em algum tempo chegariam ao quarto de Charlie) – em um ponto do livro um robô literalmente dá de cara com Charlie e não a leva. Depois dessa cena, você conclui que a dedução estava errada, mas no fim, estava certa, pois era exatamente Charlie que eles queriam.


SOILER ZONE

A melhor parte de Twisted Ones é o mistério de quem está controlando os animatronicos, o que não significa que é uma resolução ou salva o livro de forma alguma. No final do primeiro livro, Dave – ou Afton, se preferir – é morto pelos springlocks de uma fantasia; contudo, neste livro, descobrimos que seu corpo nunca foi recuperado e que, ainda, há sangue falso no lugar em que “morreu” – e esta parte do sangue falso nunca foi resolvido.

É assim que o livro se perde. A motivação do vilão é tornar-se imortal, mas ele não apenas sobreviveu a springlocks duas vezes como ficou um ano inteiro preso dentro de um buraco embaixo de um palco sem comer ou sair nem nada assim. E a razão para mandar os animatronicos atrás de Charlie, era exatamente para descobrir o segredo da imortalidade – não que o livro explique o que Charlie tem a ver com isso. Espero que seja explicado no último livro da trilogia.


The Twisted Ones não é exatamente uma obra-prima da literatura de terror, mas é uma leitura rápida, simples e cheia de aventura e mistério, com cenas bastante sanguinárias. Dou a este livro 3 de 5 Týrs. Se você gosta de FNAF, vale a pena acompanhar essa estranha parte da franquia, se não, eu passaria.

Já leram? Deixem nos comentários o que acharam!

Um forte abraço e nos vemos em breve,

Leandro Zapata

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