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EXISTE FÓRMULA PARA ESCREVER?

Olá escritores, tudo certo?

Agora, com uma parceria com a incrível autora, Carol Vasconcelos, traremos uma nova série de dicas de escrita! Vamos segui-la no instagram, inscrevernos em seu canal no youtube e apoiar seus trabalhos.

Você sabia que a maior parte dos livros best-sellers seguem uma fórmula?

E não, não estou falando sobre uma fórmula da história em si, mas uma fórmula de estrutura narrativa, a qual todos nós somos muito familiarizados: a narrativa clássica.


Isso, obviamente, não quer dizer que todas essas histórias são iguais, mas sim que elas seguem um padrão de narrativa que, justamente por ser muito comum, é bem mais aceito. É algo que está interiorizado em nós, pois desde os tempos mais antigos produzimos histórias com esse padrão. Por este motivo, pode resultar em uma maior identificação por parte do leitor.


Aristóteles, há mais de 2 mil anos, em sua obra Poética, já falava sobre essa estrutura de 3 atos e esse modelo clássico vem sendo estudado até hoje. Nos anos 1950, Joseph Campbell estudou narrativas que eram recorrentes na cultura humana (bíblia, alcorão, mitos gregos, lendas fundadoras de várias partes e culturas do mundo) e ele percebeu que todas essas histórias tinham pontos chave incomuns.

Assim nasceu o monomito, chamado também de Jornada do Herói, que se trata de um conceito de jornada cíclica trabalhado no livro de Campbell “O Herói de Mil Faces”, que nada mais é do que o que chamamos de narrativa clássica. A ideia do monomito de Campbell se explica por meio de uma mescla entre o conceito junguiano de arquétipos, a concepção freudiana do inconsciente e a estruturação dos ritos de passagem do antropólogo alemão Arnold van Gennep. Mais tarde, Christopher Vogler revisitou a Jornada do Herói e usou as teorias de Campbell para desenvolver “A Jornada do Escritor”, publicado no final dos anos 1990.


A narrativa clássica é a estrutura que expressa de forma mais universal a forma como a nossa mente processa informações. Do ponto de vista psicológico, a vida é uma batalha constante contra os obstáculos que impedem a realização dos nossos desejos. E, para isso, é preciso que saiamos do local confortável para enfrentarmos esses desafios e, ao final, sairemos de cada experiência transformados. Essa é, justamente, a Jornada do Herói.


Esse é um modelo que conversa mais facilmente com o leitor, pois é algo familiar. É confortável porque já ouvimos essa narrativa muitas e muitas vezes ao longo de nossas vidas. Ela faz parte do nosso inconsciente e o ser humano gosta do que é conhecido. E, mesmo que você decida não usar essa estrutura narrativa em sua história, é imprescindível que você a conheça e se aproprie dela, pois para subverter uma regra é necessário primeiro dominá-la.


Nota do Leandro:

Se você ainda não conhece essa fórmula, sinal que está precisando estudar mais haha

Eu mesmo já apliquei várias vezes, algumas até tentei inverter ou dar outras visões a ela, mas no caso da minha história-curta (parte do Volume 2 de Histórias Curtas do Sétimo Universo) Os Deuses de Ébryt, cada capítulo é a encarnação dos dose passos da Jornada do Herói.

Espero que tenham gostado! Deixem suas opiniões nos comentários!

Um forte abraço e nos vemos em breve.

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