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O desafio da tela em branco

Olá escritores, tudo certo?

Agora, com uma parceria com a incrível autora, Carol Vasconcelos (@livroscarolverso), traremos uma nova série de dicas de escrita! Vamos segui-la no instagram, insvernos em seu canal no youtube e apoiar seus trabalhos.


Mesmo que você já tenha escrito um livro, novas histórias são sempre difíceis de começar. A gente se pergunta: como começo? Qual a melhor palavra para usar? Eu posso começar com um diálogo ou mesmo com uma fala? É melhor começar com uma cena de ação ou com uma cena descritiva?

As primeiras palavras de um livro podem ser desafiadoras e muitos escritores, mesmo já tendo em mente as ideias principais, todo o planejamento estruturado e, muitas vezes, até mesmo o final pensado, podem sentir dificuldades em transferir o que está em sua cabeça para o papel (ou computador).


O começo de um livro é a primeira conexão entre o escritor e o leitor. Dessa forma, é interessante que esse início cumpra alguns requisitos: Chamar a atenção do leitor e apresentar para ele o tom da história. As primeiras páginas de um livro são fundamentais para que o leitor crie um vínculo com a narrativa e podem ser decisivas para que alguém resolva continuar lendo ou não aquele livro.


Pense no livro como uma casa: A porta e fachada são a capa, o hall de entrada é o prólogo ou primeiro capítulo. Quanto mais convidativa for essa entrada, mais vontade a visita terá de conhecer a casa. Dessa forma, algo interessante pode ser iniciar o livro com um ponto chave da história para instigar a curiosidade do leitor para que ele queira continuar lendo-a para saber o que virá a seguir.


Eu gosto muito de trabalhar com prólogos, pois eles me dão a possibilidade de trabalhar com algo que o leitor só vai entender mais para a frente na história, pois este elemento é um corte brusco, uma descontinuidade espaço-temporal significativa com relação ao restante do texto. Quando começo o primeiro capítulo, eu o início de outro ponto da história, e vou inserindo pistas, informações, entre outras coisas, convidando o leitor a montar o quebra-cabeças comigo. Desta forma, faço com que o leitor se mantenha interessado na história.


Ao começar um livro, o ideal é que você capte a atenção do seu leitor, direcionando-o para um evento atraente. E esse objetivo não será atingido com longas descrições de paisagens no prólogo. Deixe isso mais para a frente. Começos muito explicativos ou genéricos podem acabar matando o interesse do leitor no seu livro e fazê-lo trocar sua história por outra mais empolgante em questão de segundos.


Por último, uma dica valiosa: Leia começos de histórias. Se você não tem ideia de como iniciar a sua narrativa de uma forma interessante para o leitor, procure por livros de autores que você gosta de consumir e veja como eles escrevem os começos de suas histórias, estude as primeiras palavras escolhidas por eles, como eles estruturam os primeiros parágrafos e tente entender o que chamou a sua atenção nesses livros. Fazendo isso, se torna mais fácil produzir os seus próprios começos.


O que acharam? Deixe nos comentários!

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