Você está quebrando essa regra essencial da escrita?
- Leandro Zapata
- 16 de dez. de 2019
- 2 min de leitura
Olá escritores, tudo certo? Trago hoje para vocês um texto que traduzi uns tempos atrás para meu antigo blog, o Um Dia Frio, mas um que me ajuda até hoje!
por Jerry Jenkins | tradução de Leandro Zapata
O ponto de vista que você escolhe – e prende-se a ele – pode fazer ou quebrar sua história ou romance. O editor veterano Dave Lambert costuma dizer: “nenhuma decisão que você faz ao escrever uma história terá mais impacto na sua forma e textura do que sua escolha de ponto de vista”.
Eu concordo.
O ponto de vista é a perspectiva pela qual uma história é escrita. Você pode escolher contá-la em primeira pessoa (eu; nós), segunda pessoa (tu; vós) ou terceira pessoa (ele, ela, eles, elas).

Estamos chegando perto.
Uma maneira de determinar o melhor ponto de vista de sua história é imaginá-la como uma festa com você como anfitrião. Seu trabalho é coreografar os eventos de modo que as pessoas se sintam confortáveis e não se perguntam o que está acontecendo. Como anfitrião, seu trabalho é fazer com que eles se divirtam sem se intrometer.
Nós todos já estivemos em festas onde o anfitrião não cobriu todas as necessidades básicas.
Apesar de não esperarmos que o anfitrião seja o centro das atenções, nós esperamos que ele cuide dos detalhes. Quando isso é feito da maneira correta, nós mal notamos. Nós simplesmente sabemos que nos divertimos. Quando os detalhes são negligenciados, todos vão embora desgostosos.
Imagine-se como o anfitrião de sua festa ficcional. Convide leitores. Não tome o centro do palco, mas cuide do básico de tal forma que o leitor mal note. Nada deve atrapalhar quando o leitos entra em contato com seus personagens e enredo.
Ninguém deve notar que você seguiu as regras de perspectiva, que você limitou seu ponto de vista para apenas um personagem por cena. Todavia, não se esqueça que eles notarão se você não seguir a regra.
Nos meus mais de 100 livros, eu escrevi em primeira pessoa, terceira pessoa, e pontos de vista oniscientes. Existem muitas opções: primeira pessoa (singular ou plural), segunda e terceira pessoas (singular, multiplus, subjetivo ou objetivo), e onisciente (um ponto de vista que tudo vê, como se fosse Deus).
Independente do que escolha, existe uma regra inquebrável: uma perspectiva, um ponto de vista por cena. Ponto final.
Quando você viola essa regra, poucos leitores (a não ser que estude escrita) irá pensar: “ei, ele mudou o ponto de vista do personagem!” Mas eles irão se sentir como um convidado mal vestido, de pé no meio da sala, com todos os olhos em cima dele, sem saber o que fazer.
Sim. Embaraçoso.
Então, vocês cometem esses erros quando escrevem? Quais mais vocês cometem - ou cometeram, quando começavam a carreira literária?
Um forte abraço e nos vemos em breve,
Leandro Zapata
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